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DRAMATURGO PROCURA GRUPOS DE TEATRO

25 ago

Ola
Sou dramaturgo desde 1989,tenho o site dica de teatro-www.dicadeteatro.com.br.Mas não tenho texto representado ainda .Criei esse blog para divulgar meu trabalho.E divulgar concursos teatrais também pois acho uma boa forma de um autor começar na carreira.

Amigos autores que souberem de concursos mandem um email.

Grupos,atores,etc estou aberto para propostas

Segue um texto abaixo podem usar,mas comuniquem se usar.

Meu email :paulojosepires@terra.com.br


A cena em um samba, pagode ou qualquer outro tipo de música que acontece num bar; homens e mulheres dançando e cantando ao som de da música.

Quinzinho: mas Manezão, tua mulher…

(lisa mulher de Manezão não pára de olhar para quinzinho).

O manezão se levanta, bate na mesa. A música Pará.

Manezão: o que tem minha mulher?

Quinzinho: pó, manezão. Eu ia elogia, dizendo que ela é uma dama.

Alguns riem baixo, Manezão bate novamente na mesa.

Manezão: tão rindo de quê? Cambada de hiena. Por acaso, ela é ou não é uma dama?

Todos respondem afirmativamente

O samba volta, agora mais baixo, manezão e quinzinho conversam.

Quinzinho: manezão, nessa semana tudo correu bem. Ninguém foi preso, nem ferido, nem assassinado.

Manezão: ainda bem que todos estão bem. Mas cadê o dinheiro?

Quinzinho: num tem nenhum.

Manezão: pô. Mas vocês não assaltaram vários bancos, seqüestraram, e venderam quilos de drogas? Por acaso tão afanando o dinheiro?

Quinzinho: sim. Não. Mas acontece que muitos deram cheque, cartão ou pediram para fazer fiado.

Manezão: caracoles, mas eu já não avisei pra não fazer esse tipo de negócio?

Quinzinho: mas não aceita não faz negocio.

Manezão: preciso dar um jeito nisso. Assim não dá.

Tunico: já que a situação não melhora. Que tal recrutar jovens?

Manezão: jovens?(ri)

Quinzinho: só pode tá brincando.(ri)

Tunico: não, não to.

Manezão: mas eles não têm experiência.

Quinzinho: e, além disso, é tudo desordeiro, não faz a coisa como a gente quê.

Tunico: pode até ser. Mas muitos deles querem seguir carreira.

Quinzinho: manezão, nesse ponto ele tá certo. Muitos gostam dessa profissão, fazendo tudo para participar.

Manezão: então pode começar a campanha.

Tunico: já tenho até na cabeça como vai ser os cartazes. Assim: “você que já fez dezoito anos e já foi fichado na delegacia, aliste-se ao sindicato do golpe”.

Quinzinho: mas tem que por em todo canto.

Tunico: pode deixa comigo.

Saem. Horas depois, aparecem dois rapazes que estão passando pela rua, lêem em voz alta e correm parecem se alistar. São os primeiros da fila. O balcão de alistamento nem abriu.

Mitinho: o tinhão três oitão é demais. Lembra-se dele naquela batida com a polícia?

Betinho: lembro. Foi arrebentá. Mas você não acha que o zezão do pó quando ele escondeu a coca no tamborim foi brilhante?

Chega mais um

Zelinho: foi. Mas ceis hão de concordar. O manezão…

Mitinho: concordo.

Betinho: sem discussão.

O balcão abre. Tunico e quinzinho alistando.

Tunico: é fichado?

Zelinho: tenho, sinhô.

Tunico: o que cê fez?

Zelinho: já vendi cocaína, assaltei uma porção de gente, matem mais de dez.

Tunico: pode ir pro outro balcão. Próximo.É fichado?

Betinho: não. Mas eu matei uma família inteira, estuprei a mulher do dono da casa e não roubei a tv.

Tunico: e não tem foto na delegacia? Nem ficha?

Betinho: não, nunca me pegaram.

Tunico: pode ir pro outro balcão. Você tem futuro. Próximo. É fichado?

Mitinho: sim, por que matei quatro policiais, assaltei a casa da deputado.

Tunico: menino, você nasceu para isso.

Mitinho: todos já me disseram isso. Mas você, tunico, é o que esperava para trabalhar mesmo com isso.

Tunico: não fala isso não que me envergonho.

Mitinho: falo sim, te acompanha desde que você foi levado para o presídio… (nome conforme a região)

Tunico: Pará. Daqui a pouco vou me esconder.

Mitinho: tunico dá para você autografar esse papel aqui?

Tunico: sim. Eu faço tudo para você largar o meu pé. Toma, vai pro outro balcão.

Mitinho: quinzinho, você naquele assalto.

Todos saem, passa pra casa de manezão.

Lisa: jão Carlos, vai lá se alistar. Não deixa seu pai desapontado, num magoa seu pai.

João: mas eu não quero!

Manezão: mas é uma boa carreira.

Lisa: é mesmo. Olhe seu pai: começou como moleque de recado e olhe onde está agora… No topo.

João Carlos: mais mesmo que quisesse, não sou fichado na delegacia.

Manezão: mais se é isso eu arranjo, o delegado é meu chapa. Vamos lá.

João Carlos: mas eu não quero isso.

Manezão: então tá bom, mas depois não vem me pedir pra te alistar.

João Carlos: tá bom. Tchau, até mais.

Chegam quinzinho e tunico

Manezão: senta aí, gente. Lisa traz umas cerveja.

Quinzinho: manezão, cê precisa ver como recrutamento deu certo. Até o fim do mês todos os jovens estão alistados.

Tunico: é verdade. Tem jovem que nem tinha ficha na delegacia em inventou algo para ser fichado.

Manezão: eu pensei que não é ia vir ninguém. Mas será que são bons ladrões?

Tunico: São. E tem um potencial…

Manezão (levanta da mesa e põem a mão no ombro dos dois) então ano que vem a gente faz isso de novo, não?

Quinzinho: era isso que eu ia te propor, justamente.

Chega tuniquinho, filho de tunico.

Tuniquinho: pai vai brincar na praia.Tá bom?

Tunico: que pergunta. Vai brincar de que? Futebol?

Tuniquinho: não, arrastão.

Tunico: arrastão?

Tuniquinho: é uma brincadeira nova, uma gostosura. Qualquer hora o senhor vai lá e vai vê lá como é. Tchau, pai.

Tunico: tchau. Meu filho.

Manezão: esses jovens… Só meu que é o meu desgosto. Já tá me deixando de cabelo branco.

Quinzinho: e já tão até dizendo que…

Manezão: que o quê?

Quinzinho: não é nada disso que você tá pensando.

Manezão: ainda bem, só me faltava essa.

Quinzinho: tão dizendo que tem ele tem jeito de malandro.

Tunico: não diz besteira.

Quinzinho: mas é verdade. Fiquei sabendo do Gilson que ficou sabendo através de Geraldo que ficou sabendo do Zé que ficou sabendo…

Manezão: chega, chega já é muito disgosto pra mim.

Tunico: quinzinho, você…

Quinzinho: se eu não dissesse ia fica sabendo de qualquer jeito.

Tunico: olha só com o estado do pobre.

Quinzinho: perá ai. Acha que já sei o que fazer.

Tunico: o que? Diz logo.

Quinzinho: fazer uma festa para comemorar o bandido que é João Carlos.

Manezão: (ri) quinzinho, só você mesmo pra me alegrar.

Quinzinho: mas não é piada, não.

Tunico: então tu tá variando.

Manezão: só pode, para dizer que meu filho é bandido.

Quinzinho: ainda num é, mais depois dessa festa vai toma gosto.

Manezão: tomara.

Tunico: quem sabe, né?

Manezão: poder avisa todo mundo, lisa.

Lisa: avisa o que, manezinho?

Manezão: sobre a festa pro pessoal. Pede pra dona ceição fazer as coisas.

Lisa: tá bom, manezinho.Pode deixar com sua lisinha.

Quinzinho: mane, já vou embora.

Manezão: já? Tão cedo?

Quinzinho: é pensar me deu sono. Tchau, gente.

Tunico: quinzinho, tá ficando estranho.

Manezão: não, ele sempre foi assim.

Tunico: cuidado que ele é um pouco terceiro. Acha que ele quer que a tua mulher, e ela ele.

MANEZÃO: não é não. E mulher uma santa. Fiel demais.

Tunico: não é não. Eu lembro dela no bar do Ernesto…

MANEZÃO: foi lá que a conheci.

Tunico: e tudo dia ele estava com um. Não sei como ela tá com você a um ano.

MANEZÃO: é que você sabe… Com um homem como eu, uma mulher não precisa procurar amante ou trair.

Tunico: mas mesmo assim é melhor ficar de olho.

MANEZÃO: que nada!

Tunico: tá. Já vou, minha cama está chamando.

Tunico sai, manezão fica pensando, depois sai.Passa no bar do Ernesto.

Ernesto: manezão, tá na fossa, rapaz?

MANEZÃO: não. Só quero que você me faça um favor.

Ernesto: pode pedir, to aqui pra isso.

MANEZÃO: dá para você observa quinzinho, ver o que tá fazendo, com quem anda.

Ernesto: pode dexá que eu faço. Qualquer coisa aviso.

Sae, fim da cena um.

Cena dois

Começa a festa para João Carlos

Tunico: João Carlos, eu quero parabeniza-lo.

João Carlos: é?

Tunico: meu presente é esse três oitão o que foi meu primeiro oitão. Pra dá sorte.

JOÃO CARLOS: brigadão.

Marquito: manezão, filho de peixe…

MANEZÃO: é feito o pai.

Marquito: Perá ai, mane. Que eu vou dar um presente pro seu filhão.

MANEZÃO: tá. Tô por aqui.

Marquito: João Carlos, eu tenho presente que foi meu primeiro disfarce.

João: mais isso é uma coisa que você não pode dar para ninguém.

Marquito: para você eu dou. Você é filho do melhor parceiro que já tive. Uma vez ele me ajudou fugir da polícia. Nunca me esquecerei.(emocionado)

João: assim vou ficar constrangido. Tá eu aceito.

Manezão vem conversar com eles

MANEZÃO: e ai,filhao, que achou do Marquito?

João: é o sujeito genial.

MANEZÃO: ele te contou um dos causo dele?

JOÃO CARLOS: ainda não. Conta.

MANEZÃO: como aquele que você só assaltou um banco vestido de padre e saiu na maior .

Marquito: olha lá. O único que lembrava era esse. deixa-me lembrar.

João Carlos: mais como você conseguiu a roupa de padre?

Marquito: foi fácil. Antes de entrar para essa vida , eu estudei em seminário e cheguei a ser padre um ano. Até que…

João Carlos: o que aconteceu ?

Marquito: até que uns bandidos assaltaram minha igreja e resolvi segui-los.

JOÃO CARLOS: emocionante. Conta outro.

Marquito : outro eu não lembro. Mas eu posso dizer o nome de uns amigos na prisão pra quando você precisar.

João: depois o senhor escreve os nomes num papel.

Cleusa chega, dá um abraço forte em manezão.

Cleusa: manezão há quanto tempo!

MANEZÃO: é. O desde aquele assalto no correio.

Cleusa: para que é essa festa?

MANEZÃO: pro me filho, o João Carlos, o novo bandido.

Cleusa: ele? Cê não tá enganado?

MANEZÃO: não. Por acaso você não conhece a história de bandido do meu filho?

Cleusa: tá variado? Conheço é a história de malandro dele. Isso sim.

MANEZÃO: João, por acaso você conheceu ela numa noite dessas de roubo?

JOÃO CARLOS: não, velho. Foi num jogo de troco. Se soubesse que era tua amiga não teria enganado ela naquele dia. Desculpa, Cleusa.

Cleusa: cachorro me fez perder uma grana. Que mando confia em Malandro?

MANEZÃO: João, isso é coisa que se faça? Ainda mais com mulher.

João: tá bom, velho. Agora você notou que não tenho jeito para bandido.

MANEZÃO: tá me desculpe. Eu tentei.

Cleusa: não encana, mané. Quem sabe ele te dá um neto Bandido? Bom, eu vou pro bar ouvir um pagode.

João: velho, eu vou também, com licença. Mais tarde eu volto.

MANEZÃO: tchau, até mais.

Cleusa: vamo logo, João. Pode parecer tira.

(saem todos. Reaparecem João e cleusa no bar).

Algumas pessoas no jogando, o dono do bar no balcão.

Cleusa: ô, Ernesto. Pega uma cerveja e o baralho. E aí pessoal!Esse pagode vai ao não esquenta?

João: a dinheiro, não?

Cleusa: lógico! Hoje vo a forra.

Chegam pessoas para assistir

João: acha que fui certo em dizer aquilo para o velho. Não?

Cleusa: aquilo?Ah… Lógico. Ele não pode te forçar a ser uma coisa que você não quer. Olha o meu caso. Não tava rendendo muito, eu virei cameloa.Agora tenho três barracas.

João: ainda bem que você concordou. Já tava com um peso na cuca

Cleusa: tá, agora joga. O pessoal já tá paciente.

Saem.Reaparecem manezão e lisa, e as pessoas da festa.

Manezão: lisa.Lisinha.

Lisa: (estava conversando com amigas). Que é, manezinho?

Manezão: por acaso, João voltou?

Lisa: ainda não. Não entristece não. Daqui a pouco tá aí.

MANEZÃO: mas a festa para ele, minha lisinha.

LISA: mais nem é o dia do aniversario dele.Afinal, pra que é a festa?

MANEZÃO: é para comemorar o bandido que é João Carlos. Foi idéia do quinzinho.

LISA: mas manezinho, cê nunca percebeu que ele é malandro? Justo ocê que bandido faz tempo: não notar essas coisas.

MANEZÃO: vacilei. Mas na minha família nunca teve malandro. Só se for da sua.

LISA: foi, sim. Esqueceu-se que meu pai era malandro?

MANEZÃO: ah é. Aquele ali enganava qualquer um. Não saía da mesa de jogo.

(aparece tunico que estava conversando com uns amigos)

Tunico: pelo que ouvi seu filho puxou ao velho Jorge. Que pessoa.Lisa, posso roubar um pouco seu marido?

Lisa: pode.Vai lá.

Chegam para um canto

Tunico: aquele seqüestro de amanhã tá de pé?

MANEZÃO: mais de pé cai. Amanhã no mesmo horário.

Tunico: ainda bem. O pessoal já tá tudo contratado.

MANEZÃO: e nesse eu vou. Quem sabe me refresca a idéias?

Tunico: e tú ainda sabe?

MANEZÃO: isso é que nem fode, não se esquece.

Tunico: esse é o manezão que conheço. O bandidão…

Fim da cena dois. início da cena 3

Aparece quinzinho conversando com outro cara, Jamilson.

Jamilson: a gente chega lá uma hora antes e seqüestro os bacana e depois…

Quinzinho:… Eles batem na porta.(ri)

Saem. Aparecem manezão e seus comparsas na casa já seqüestrada. Tocam a companhia, aparece a casa a empregada chorando nervosa.

Tunico queta, deixa nos entrar, senão vai ser seqüestrada. Onde estão seus patrões?

Empregada: (pára de chorar, fica nervosa) já foram…

Tunico trabalhar? Não sobro ninguém?

Empregada: ceis chegaram tarde, eles acabaram de ser seqüestrados.

Tunico: e agora, pessoal?

MANEZÃO: querida, num tem nenhum filho dormindo?

Empregada: querida é a tua mulher. Não tem nenhum filho não.

MANEZÃO: desculpe. Tem sogra?

Empregada: não, morreram as duas. Ainda bem.

Tunico continuando. Vó, vô?

Empregada: só se viajar para o exterior.

MANEZÃO: xi. Tia, cachorro?

Empregada: pára, pára. É melhor partir para outra profissão, viu. Senão é morrer de fome.

Tunico: não humilha, não. Tchau.

Manezão: esse é o nosso cartão. Quem sabe você queira ser seqüestrada.Tchau.

Saem, reaparecem no bar do Ernesto.

Tunico : manezão, que tal uma cerveja para acalmar?

Manezão: uma não. Algumas.

João: velho, que houve? Algum lance?

Manezão: que lance? Tú só pensa em jogo? O seqüestro furou. Só porque eu fui… Se não tivesse ido…

João: não é isso. É que jogo faz bem à saúde. Vai ou não vai um jogo, velho?

MANEZÃO: e pára de me chamar de velho. Sou muito novo, um garanhão.

Ernesto: João, manezão me desculpem interromper. Mas tenho uma notícia triste para você. É que…

MANEZÃO: para de enrolar. Já tá me deixando nervoso. Contar logo.

ERNESTO: é que o quinzinho está do lado da falange laranja.

MANEZÃO: cachorro, pilantra… Vou matar… Vou capar… Vou…

ERNESTO: e mais: tá de caso com sua mulher e agora pouco foi pros lados da sua casa. Para a

João: que pilantra! Pôs chifre na cabeça do pai do bandido. Minha mãe…

Manezão: João vai lá.Cê me segura senão matarei aquele cara.

João: não se preocupa que eu não seguro.

Saem

Ernesto: é hoje…

Sae

Chegam em casa, os dois no chamego.

MANEZÃO: os dois, ou fogem ou morrem.Decidam.

Lisa: mas ele veio me ensinar a não ter insônia.

Quinzinho: vamo fazer o que ele diz…

MANEZÃO: tô dando uma chance…

QUINZINHO: foi bom ter trabalhado com você. (saindo)

LISA: e a separação de bens? Se esquecer?

MANEZÃO: não! Que tal separação de membros?

LISA: tá bom adeus. (saem)

Chegam tunico e Marquito

TUNICO se não mataram eles?

MANEZÃO: não. Falei para eles escolherem: ou fugi ou morre. Escolher.Fugir.

MANEZÃO: fez a coisa certa. Apesar do João.

JOÃO CARLOS: mãe será sempre mãe. Uma hora ela aparece para a gente conversar, falar porque fez isso. Eu pai arranja outra.

TUNICO ceis tão certo. Perder tempo que podia comer uma feijoada matando os dois.Tem cabemto.

MANEZÃO: boa idéia. Vamos comer feijoada no bar do Ernesto.

Saem. Reaparecem no bar do Ernesto

MANEZÃO: se ela fosse tão fiel como você como é boa essa feijoada…

TUNICO você comia?

Manezão: a vida inteira.

JOÃO CARLOS: fica triste não. Já tem peixe nas tua água. Olha pra a mesa ali. Aquele docinho olhando pro sinhô.

Tunico: vai lá.

Marquito: se não arrasa… Mudo de nome.

Manezão vai até lá.

Manezão: gracinha, quer namorar comigo? É pegar ou largar.

Clara: convencido. Eu pego.

Manezão: então vem comer uma feijoada junto com a turma.

Vão até a mesa e

Tunico: olha. Que danadão.

Marquito: sabia que ia arassá. Meu nome ainda é Marquito.

João: ainda bem. Sabia que não ia me desapontar. Ele é demais.

Manezão: gente. Essa aqui é clara.

Tunico: tunico, a seu dispor.

Marquito: Marquito, mestre do disfarce.

João: João Carlos, filho dele.

Clara: fiquem sabendo que sou só dele, viu.

Nesse momento aparece Deolindo

DEOLINDO: pessoal, vocês querem pagar uma cerva pra mim?

Manezão: é só sentar.

Deolindo: pra tomar uma?

Manezão: pensando que era para quê?

Deolindo: mulher nova…

Manezão: conheci hoje, mais nela ninguém põem a mão.

Deolindo: tá bom. Mas há quanto, hein?

Manezão: o motivo de sempre. Ou não? Hoje

Deolindo: é. Mas desta vez você empresta ou emprestam e vou procurar emprego novo decente.

Clara: empresta pro infeliz acerta a vida, a gente.

Manezão: benzinho, não adianta emprestar querer vai gastar tudo em bebida ou jogo no outro dia.

Deolindo: mas eu sempre paguei…

Tunico: só se foi pro santo.

Marquito: não foi, não.Ontem mesmo tinha um santo procurando ele.

João: pinduca até pro santo? Cuidado!Se não eles não vão te ajudar mais a chegar em casa.

MANEZÃO: esqueceu-se que a gente tá sempre aqui pra ajudar? Senta ai. E toma umas, depois a gente te leva.

Deolindo: Ernesto põem a cerva que bebi na conta. Vou embora.

Ernesto: vai precisar pagar a prestação. Tá muito alta.

João: só a conta?

Saem todos

Fim da cena três. Início cena 4

Aparece deolindo num banco, numa fila.Conversa um pouco até ser atendido.

Deolindo: isto é um assalto! Fiquei quetinha. Ponha todo dinheiro num saco.

Por azar dele tem dois policiais uniformizados na agencia numa das filas

Policial Osmar: quieto. Não se mexa! Fique onde está! Qualquer passo em falso poderá custar à vida.

Acuado pega uma pessoa como refém

Deolindo: ará. Peguei vocês!

Policial Castro: calmo rapaz. Somos seus amigos.

Policial Osmar: é deixe-o em paz. Diga o que quer.

Deolindo: o último disco do cleison craque, um emprego e dinheiro.

Policial Osmar: perá aí. Seu ladrãozinho é de chinelo. Tá pensando que é o que é? Todo mundo quer isso.

Policial Castro: é. Tá pensando que somo papai Noel?

Deolindo: só para cerva.

Policial Osmar: dá o dinheiro pra ele. Esqueceu-se que a gente tem uma partida de bilhar daqui a pouco?

Policial castro: ah é. Toma infeliz. Pode soltar o refém.

Deolindo: brigado. Que tal tomar uma cerva? Afinal cê passou um sufoco.

Refém: cê é bacana aceito.

Saem. Reaparecem rosa e Gerson

Rosa: gerso. Ô gerso.

Gerson: fala, benzinho.

Rosa: o homem cê compro aquele bicarbonato?

Gerson: bicarbonato?

Rosa: é. Aquele que tava num pote.

Gerson: vai me dizer que cê tomou?

Rosa: tomei. Mais devia tá estragado porque eu fiquei com vertige, vendo coisas.

Gerson: vai me dizé que você não sabia que não era bicarbonato.

Rosa: tú tá vendendo aquilo?

Gerson: é. Num tinha outro jeito.

Rosa: se não tem jeito, cuidado.

Gerson: ainda bem que você entendeu.

Rosa: vou procurar alguma coisa também.

Gerson: vou avisar a para pessoal que se aparecer outra coisa me avisarem.

Rosa: tá. Mas enquanto isso que tal fazer a coisa?

Gerson: o que? É só pedir.

Rosa: dá para trazer um pouco desse bicarbonato? Sabe… Às vezes me dá um mal-estar.

Gerson: até daqui a pouco. (sai)

Reaparecem todos.Menos cleusa e João.

Tunico: gente, a coisa tá feia.

Marquito: o mercado tá cheio de ladrão. É muita competição, muita luta. Quando vai assalta um indivíduo já tem dez querendo assaltar também. Num dá.

Manelico: e o que dá para robá não dá para se sustenta.

Tunico: a gente precisa ter uma porcentagem maior.

Marquito: concordo, mas para isso precisamos de um sindicato.

Manelico: mas, home, o que é: “O sindicato do golpe?”.

Tunico: como o cidadão disse: “é do golpe”. A gente precisa de um pra nois.

Marquito: para ter direito a aposentadoria, plano de saúde.

Manelico: precisamos falar com o manezão.

Marquito: falamo nele ele apareceu. É igual gênio da lâmpada.

Manezão: e ai gente. Tudo na paz?

Marquito: o tudo. Mas queremos te dizer que acabamos de fazer o sindicato do dos assaltantes.

Tunico: pra exigi nossos direitos.

Manelico: afinal não tem ninguém que ligue pra nossa classe.

Manezão: bom. Acho que já falaram tudo que queriam. Agora é minha vez.

Manelico: xi.

Manezão: o que faz sindicato do golpe se não apoiar todas categorias de bandido. Eu disse apoiar. Esse negócio de exigi direito não existe pra nois bandido. Somos vira-lata. E mais que te direito? Vai trabalhar em outra coisa. Ninguém mandou querer ser bandido. Pronto. Podem falar.

Marquito: mas a gente tá ganhando muito pouco. Que tal aumentar a porcentagem?

Manezão: pouco por incompetência. Podia se virar, batalhar. E a porcentagem que tava zero virgula um porcento vou aumentar.Pra zero virgula zero vinte cinco por cento.Tá bom?

Marquito: não aumentou muito mais a dá pra algo.

Manelico: é, melhorou. Melhorou tanto que me deu vontade de assaltá alguém. (sai)

Tunico: acho que não adiantou. Mais quem só eu pra discuti? Quando ele fala tá falado. Vou ver se acho João para ver se ganho algo dele no jogo. (sai)

Aparece Gerson

Gerson: manezão, brigado por daquele emprego. Se não fosse esse emprego eu ia morar mais rosa na rua. Mas rosa tá achando que é meio perigoso. Eu também. Será que não tem outra coisa, Manezão? Tem?

Manezão: não é perigoso, não. Cê tá achando isso porque tá no começo. Depois, se vai ficar conhecendo todos, e eles vão te ajudar. E cê vai ganhar dinheiro feito água; vai dar até para comprar essa casa que cê tá morando e depois reformar. Não se preocupe.

Gerson: tá certa. Eu continuo. Agora tô com vontade de tomar uma cerva. Tá quente demais.

Tunico: perai, cê não é irmão do gralha? O Gerson, se não me engano. (estava saindo, volta a ouvir o chamado).

Gerson: isso mesmo. Conheci ele donde?

Tunico: dum assalto, seqüestro. Bom assaltante. Pode-se contar com ele para tudo.

Gerson: é, ele…

Marquito: cê é primo do prego também. É a tua cara.

Gerson: sô; dizem que parecemo gêmeo. Tem visto ele? Aquele desaparecido.

Marquito: vi. Mês passado robamo uma casa. Que casão.

Gerson: quando vê de novo fala para ele passa lá em casa. Pra conversá.

Marquito: tá bom.

Tunico: e o gralha onde esta Gerson? Tô precisando dele para um assalto, ele é de confiança.

Gerson: hoje mesmo eu vi, tava jogando na casa dele com João Carlos.

Tunico: bom, tchau pessoal.Tchau, Gerson.Foi um prazer te encontrar.

Gerson: bom. A prosa e a cerveja tão boa, mas rosa tá me esperando pro jantar.

Manezão: tá, tchau, Gerson. E vê se trabalho direito.

Marquito: olha quem vem lá.O joanclerson, o perigoso estuprador.Se protejam.Ele não poupa ninguém.

Ernesto: é. Mulher nenhum escapa. Home só se ele tiver a perigo.

Manezão: isso é mito. Ainda mais agora que tá com a carlona, a Piranha.

Ernesto: vai morrer daquilo.

Joanclerson: tudo bom, gente? Tavam falando mal de mim?

Manezão: não. A gente tava falando de eu namoro a carlona.

Ernesto: a gente tava até achando que ia dar em casamento.

Joanclerson: pensei que estavam com inveja. Que casar… Se ela ouve isso…

Marquito: resolve casar, né.

Joanclerson: mato vocês todos

Marquito: mudó, hein? Mas não querendo me intrometer. Cê sabe que ela é uma piranha, galinha.

Joanclerson: é por este gosta dela. Fácil assim.

Manezão: se precisar de ajuda é só chamá.

Joanclerson: eu preciso de ajuda? Eu agüento qualquer coisa.Teve uma que catei um dia e ela queria mais, foi pelo menos trinta vezes seguidas.

Ernesto: mais aí foi azar. Mas no teu caso. Mas se você ficar sem forças aqui no bar tem uns fortificantes da pesada.

Joanclerson: Tá bom. Vamo pára que ela tá vindo aí e ela não gostam dessas conversa.

Todos: tudo bem, carlona.

Carlona: tudo bem rapazes. E você?

Todos: bem.

Carlona: tudo bem, Ernesto. To te devendo uma visita.

Ernesto: cê sempre diz isso e nunca passa em casa.

Carlona: qualquer dia eu passo. Sou muito ocupada. E Marquito tudo bem? Fiquei te devendo aquelas carnes. Desculpe-me.

Marquito: tudo.Mas desta vez não desculpo. Fiquei esperando as carnes para um cozido de panela e nada. Vê se me traz, logo.

Manezão: eu sei que você vai responder desculpas pra ele, e perguntar se está tudo bem comigo. está. Desculpe-me a grosseria com sua namorada, mas gostaria de falar um negócio com ela. Posso?

Joanclerson: não precisava falar tanta coisa pra pedir isso. Eu deixo.

(vão pra um canto)

Joanclerson: olha lá. Já vai dar pro manezão. É ou não é, um amor?

Manezão: (no canto) é verdade que tú tá gostando dele?

Carlona: tô. Mais se você me quisé, é só chamá.

Manezão: não é nada disso. E que estou namorando uma pessoa seriamente.

Carlona: ah, bom. Pensei por um minuto que você não gostasse mais do produto. Fala logo o que é. Tô com pressa. Preciso fazer a janta.

Manezão: é que um estuprador é sempre um estuprador.

Carlona: eu sei… Mas…É por isso que eu gosto dele.Sabe… Ele me faz gemer sentido dor.Ai, ai.

Manezão: mais se você pedisse…

Carlona: mas… É que com ele não precisa pedi. Cê me…

Joanclerson: amor, vamo. Tá na hora de janta.

Manezão: não vô me intromete. Cês o par perfeito. Vai lá, Carlona.

Carlona: cê tá certo. Bom. Eu vô que se por acaso fazer a janta tarde ele fica nervoso. Tchau, gente.

Todos: tchau,carlona.tchau,joanclerson.

(os dois vão saindo, vem chegando um sujeito de atitudes estranhas (todos desconfiados, não comprimenta ninguém) que chama manezão prum canto).

Sujeito: manezão, manezão.

Marquito: quem é manezão?

Manezão: nem imagino.Deve ser algum comprador de droga.Vô lá.

Marquito: fala diretamente com o chefe? Tá estranho não, Ernesto?

Ernesto: também acho.

Manezão: (já no canto) que prazer! Há quanto…

Sujeito: é. Tenho.

Manezão: e a família? O patrão?

Sujeito: tão bom. É justamente por causa dele que tou aqui.

Manezão; ficou doente? Acidentou-se?

Sujeito: não.Nada disso.É um pedido.Não.Favor.

Manezão: o que tá me deixando curioso.

Sujeito: é que ele que uma festa daquelas antes das eleições, com tudo que tem direito, com bastante gente, com…

Manezão: já sei. Com direito a talco e fogos?

Sujeito: é. Só que fogos para todos.

Manezão: lógico.Se não tem animação.

Sujeito: vai ter brincadeira de prisão?

Manezão: que memória.No outro dia solta, é isso?

Sujeito: nem tanto.No mesmo dia.Então combinado.

Manezão: combinado.Ceis não mijando pra trás.Tá bom.

Sujeito: que?Que isso?Nunca…

Manezão: num mente.

Sujeito: bom.Não esquece.Até mais.

Manezão; tchau.(volta pra mesa)

Marquito: quem era?

Ernesto;que tipo.

Manezão: era da parte do governador.Queria uma festa.

Marquito: num brinca.Já tava com saudade daquelas festas.Pra quando?

Manezão: pra daqui a um mês e meio.Vais ser próxima da campanha política.

Ernesto: o danado quê se reelege.Ainda bem que as custa dele o bar vai ficar cheio.Vou pode até vende fiado depois.

Manezão: cê vai faze a festa.Mas.Isso tá me cheirando a encrenca, a armação.

Marquito: mas cê sempre num conseguiu se virar? Num se preocupa.

Manezão: isso é. Marquito faz um favor.Quando cê saia avisa todo o pessoal.Tá bom.

Marquito: tá.Não vai falta um.

Saem.Fim da cena cinco

Já passou o mês e meio, a festa começou.Bandidos atirando, fugindo pra platéia, correndo com armas e saco de pó branco, policiais atirando, tentando entrar no bar (no palco).Depois de alguns minutos pegam alguns coma armas e sacos de pó.

Passaram alguns dias depois desse evento.O governador faz um comício falando que acabou com um dos principais focos de violência do Estado.Que falta pouco pra acabar com a violência.Pede pra votarem nele porque em mais um mandato ele acaba com a violência, e os outros anos ele resolve o resto. (a platéia será o publico do comício. Deve-se pedir para ficar de pé).

Passam-se alguns dias, governadores já eleitos.Pessoas na rua elogiam-o. Volta para o bar.Aparecem dois policiais.

Tunico: olha lá.Tira, manezão.

Manezão: vieram cobra a proteção que tão dando pra nois.(ri)

Ernesto: que nada vieram beber uma s.

Marquito: acho que tão atrás de mim.Deixa eu fugi.(sae)

Policial castro: precisa não.Não é você que vamos prender.

Policial Osmar: põem uma cerveja ai.Manezão se despede, se arruma que vamo levar você.

Manezão: cês tão brincando.Vamo conversar direito. No acordo não tinha nada em me prender.

Castro: como a bobinho. Ainda acredita em acordo.

Osmar: esse cara já foi meu ídolo. Vai se apronta ou não?

Manezão: não. Vô assim mesmo. Tchau, gente. Não se esqueçam de avisar clarinha.

Todos: tchau, manezão.

Manezão: quem tá preso lá, rapaz? Quero ficar na cela com conhecidos.

Castro: xi, rapaz. Tem gente demais. Nem me lembro.

Osmar: não se preocupe. Sua cela terá menos gente possível.

(saem todos. Reaparecem na prisão).

Clides: olha lá, cambada. Quem apareceu.Manezão.

Jelson: manezão veio visitar os pobres, né?

Cleison: trouxe algo?

Manezão: vim passar umas férias.

Cleison: que pena!

Clides: mas que cê fez? Transo com mulher de algum político?

Manezão: não é. Fez um acordo meio safado com o governador.

Jelson: tá ficando bobo é? Ainda acredita em acordo?

Manezão.Tô. Mas logo vou sair. O pessoal ainda é aquele?

Clides: São. Pode ficar sossegado.

Cleison: tú vai dar o bolo ou vai se mudar para um presídio de segurança máxima. ?Afinal, aqui não é lugar para bandido do teu calibre.

Manezão: como é não quero ficar muito tempo de férias vou dar o bolo.

Clides: que pena! E lisa como vai?

Manezão: que lisa! Para mim ela morreu. Tô com outra.

Cleison: vai me dizer que cê não mato a infeliz?

Manezão: não. Deixei ela ir com seu amante, o quinzinho. Ricardão e traidor.

Cleison: não acredito.

Jelson: pelo menos espancou os dois?

Manezão: não.

Jelson: que aconteceu? Ficô doente?

Clides: cê conheceu a outra antes de saber disso?

Manezão: não. Depois. Mas…Mata os dois ia me deixa mal.

Cleison: ah é. Cê nunca matô ninguém. Sempre mandou mata.

Clides: e que é a outra? Deve ser um mulherão.

Manezão; é clara. Amanhã ela aparece. Cês vão ver que gracinha.

Clides: eu já namorei uma. Será é que ela?

Cleison: perá. Vai me dize que tú tá namorando minha irmã.

Manezão: que eu saiba que ela não ter irmão.

Cleison; mas se fô, cê é gente fina.

Jelson; acha que tá mais pra vizinha, ela mora mais perto dele que você.

Cleison: cê se esqueceu que também moro perto dele?

Manezão: gente, amanhã a gente resolve esse mistério. Vamo dormir. Deve ter um cochão para mim sobrando, não?

Clides: pega o meu e dorme sossegado.

Manezão: não precisa. Eu me viro. Para o

Clides: pega e dorme.

Jelson: vai logo, que eu quero dormir.

Cleison: deita, senão vai levá porrada.

Manezão: até amanhã, cambada.

Dormem.Saem logo em seguida.Reaparecem alguns no bar, chega clara em seguida.

Clara: pessoal, meu marido onde está? Não tá por aí com nenhuma, não?

Tunico; cê não sabendo ainda? Não te disseram?

Marquito: xi, a clara.Era ela que faltava.

Clara; o que aconteceu com ele? Não foi…

Marquito: não. Isso não. Foi preso.

Clara: cês são foda. Que porra de amigo cês é? Deixa prá…Cês tem bastante dinheiro em caixa?

Tunico: tem. E o pessoal vai contribui também.

Clara; tá. Amanhã eu quero o dinheiro na minha mão.Onde já se viu eu fica longe dele um dia?

Marquito: concordo.Desculpe-me.

Clara: desta passa.

Tunico: deixa eu arrecadá o dinheiro.Até…

Clara: boa noite.

No outro dia aparece tunico e ela.

Tunico: tá aqui.Lá dentro você fala que é pro manezão.Ai, eles não vão quere nem olha.

Clara: já que é assim.Eu vô lá.Tchau.

Tunico: cuida-se.

Sae.Reaparece na cadeia

Carcereiro: manezão, tua mulher.

Manezão: esse ai é a clara.Conhecem?

Cleison: não é minha irmã, não.

Clides: oi se lembra de mim?

Clara: nunca te vi na vida.Tudo bom, querido?

Manezão: tudo.Sentiu muitas saudades?

Clara: que pergunta.Lógico.

Jelson: posso interromper.Por acaso você não mora na rua um?

Clara: sim.Cê já morou lá, não? Tú não é o jelson?

Jelson: só.Há quanto… Agora tá com ele e a vida?

Clides: será que o bolo dá pra tira nois quatro?

Clara: tá bem. Acho que dá, viu.Tome, amor.Até mais tarde.

Manezão: vai dá. Depende deles.Tchau, bem.Até…

Carcereiro: o que tua mulher trouxe?

Manezão: calma.Seus mercenários, só que tem que tirar os outros.

Carcereiro: isso dá. E alias, a gente tinha que limpa essa cela mesmo.

Vai vim remessa manhã. É até um favor.

Manezão; tá bom.Pode ir, pessoal.

Carcereiro: volte sempre.A casa é sua.E fala pro tunico que qualquer hora eu passo na casa dele.

Manezão: tá tchau.

Saem.Reaparecem no bar.

Clara: já amor?

Manezão: foi rápido assim?

Clara: foi.Ainda bem.Não agüentava mais.

Tunico: e o governador?

Manezão: esse me paga.Qualquer hora seqüestro o filho dele.Agora beber uma cerveja e continuar a vida.

Marquito: clara, pode pedi quanta cerveja quisé.

Manezão; que é isso? Tá maluco?

Marquito: não.É que avisei todo mundo, menos ela.Se não fosse aparece aqui, esquecia de contar.Viva, clara.



 
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Publicado por em agosto 25, 2007 em Geral

 

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